ITINERÂNCIA

A Mostra Rasgo é uma plataforma de exibição, circulação, formação, diálogo e reflexão crítica sobre videodança na América Latina. Seu nome evoca o gesto de abrir fendas entre linguagens, corpos e territórios, rasgando e transpassando estruturas, para criar passagens entre o audiovisual e a dança que se manifestam como paisagens híbridas.

 

A 3ª Mostra Latino-americana de Videodança / Itinerância RASGO dá continuidade à proposta inicial coletiva de difundir, circular e fomentar o intercâmbio no campo da videodança, conectando localidades mineiras às expansões da América Latina e envolvendo estudantes, artistas, pesquisadores/as, colaboradores/as e o público em geral.

 

Esta edição reúne 40 videodanças provenientes de oito países da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Cuba, Equador, México, Paraguai e Uruguai), com um destaque para 14 obras mineiras inéditas selecionadas pela Convocatória RASGO 2025. Essas obras revelam relações apuradas e complexas entre: corpos em movimento, imagem em movimento e criação sonora, apresentando um terreno fértil para fruição, criação e pesquisa da linguagem audiovisual, cujo potencial suporte criativo da câmera atua como possibilidade de extensão do corpo e da dança.

 

A mostra conta ainda com 6 oficinas de corpo, imagem e movimento, integrando a programação formativa que busca explorar diferentes formas de ver, ouvir e sentir a imagem em movimento. 

 

A 3ª edição também apresenta a RASGO ACESSA, um eixo dedicado à acessibilidade. A programação acontece no canal da Mostra RASGO no YouTube, com um mês de duração, exibindo obras convidadas pela curadoria que apresentam recursos de acessibilidade. Na RASGO ACESSA, a escolha curatorial parte da compreensão de que os recursos de acessibilidade também podem operar como dispositivos artísticos. A palavra descreve o invisível, o som toca o que não se vê, e a tradução se converte em poética que acompanha a obra — cada recurso é, ele próprio, uma forma de arte.

 

Algumas obras apresentam audiodescrição integrada, enquanto outras exploram os recursos de Libras e/ou audiodescrição de modo poético, reconhecendo que, quando se trata de arte, a acessibilidade não é um adendo, mas parte da própria criação.

 

As obras reunidas delineiam um território pioneiro, onde imagem, corpo e voz se prolongam umas nas outras, abrindo novas possibilidades de ver, ouvir e imaginar.

 

A abertura do programa traz a palestra de Paula Souza Lopez, que convida o público a refletir sobre a acessibilidade como linguagem estética e como possibilidade de expansão do sensível.

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