


Convite ao Retorno
Afrobunker
Convite Ao Retorno é uma obra que busca contemplar os termos “afrofuturismo” e “afrosurrealismo” com uma narrativa poética e simplista, partindo da compreensão de que o futuro que esperamos é viver como nossos ancestrais viveram: saudáveis e culturalmente ricos. Escolhemos a poesia do corpo (dança), o oceano, o azul do céu, a areia, vestes brancas e uma pedra como imagem, com o intuito de transmitir amplitude, expansão e liberdade, para falar sobre algo muito maior do que nós, que só compreendemos quando entendemos que fazemos parte disso. O ijexá com o som do mar e o recitar das poesias com o piano de base compõem uma malha sonora tranquila e forte. O objetivo da obra é transmitir uma mensagem potente e carregada de fé, sem citar religiões, mas afirmando que o ancestral é o início, permeia nosso presente e indica que o futuro deve ser o retorno a esse modo de vida, sem os resquícios da colonização e sem a influência do neocolonialismo.
Ficha técnica
Convite Ao Retorno (2023, Brasil) – Direção de filmagem: Matheus Suet | Intérpretes-coreógrafos: Mumu e Romec | Assistência: Suellen, Jacimara Marques | Música: Andrezão do Cacique | Duração: 5'17"
Mini bio do autor
Afrobunker
Um coletivo movido pela necessidade de expor uma arte feita por completo, trazendo registros na sua grande maioria dançado, com o intuito de promover a cultura preta e o que pulsa através da gente, ressignificando o que tem sido padronizado quando se fala em vídeos para as redes sociais.
Através das vivências dos integrantes, sendo cada um de uma região do estado do Rio de Janeiro, e de fora do estado também, em específico Salvador Bahia, trazemos nossa pluralidade em quanto pessoas pretas, no intuito de conexões para que esmiucemos e destrinchemos cada vez mais o que somos, criando um refúgio para termos um lugar seguro de criação e compartilhamento em prol do alinhamento.
O maior intuito é realizar conexões, conexões ancestrais na atualidade, dando nome ao que foi esquecido ou nomeado de forma incorreta. Conexão que amplia nossa rede de refúgio, podendo chegar aos mais velhos, adultos, crianças, dando vida aos contos e e crenças que nos faz mover há tanto tempo.
