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Neomedusa vai bailar (Brasil)

de Aline Fatima da Silva Costa Magno

Sinopse

Na virada de 2020 para 2021, o Brasil já somava mais de 200 mil mortes pela COVID 19. Entretanto, por todo o país aconteciam aglomerações, inclusive na periferia, mas não somente nela. "Neomedusa vai bailar" foi uma performance realizada em Guaianases, bairro periférico de São Paulo, no tradicional (antes mesmo da pandemia) baile da Rua do Meio.

A persona Neomedusa, alter-ego-entidade-estética da artista Aline Fátima, chega nesse ambiente para dançar e causar estranhamento e ruptura de padrão a partir da sua dança (destoante, porém, "dialogante") e de sua aparência. A performance "in loco" foi registrada em vídeo e transformada em obra audiovisual. O som ambiente foi mantido por interessar à artista toda expressão estética (musical, corporal etc.) que emana dos bailes e fluxos de quebrada. "Neomedusa vai bailar" é uma crítica à hipocrisia que criminaliza a juventude periférica, mas absolve as elites e o Estado ausente e indiferente às mazelas sociais. Uma crítica dançada à necropolítica que rege nossos tempos e um elogio à fonte inesgotável da cultura periférica. A questão que dá o tom à performance é "o que pode um corpo periférico que dança?"

ficha técnica

concepção, direção, montagem e performance: Aline Fátima

fotografia: Alline Bianca

produção: Analu Maciel

apoio produção: Carl J e Victória Oliveira

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