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Compulsório (Brasil)

de Aline Pinheiro Salmin

Qual a distância entre as peles que me habitam? Seguir procurando escombros e os restos fragmentados dos próprios edifícios de existência. Seguir procurando o que sobra depois da queda, os cacos que se espalham como peles derretidas nas existências dos olhos, que insistem em olhar de volta ao reflexo daquela corpa que me é, mas não me pertence. Esta corpa que sou, mas que não estou. Peles que se roçam.

 

E qual é a existência quando não há mais pele, quando não há mais corpa, quando a carne desceu aos ossos e os ossos sorriram de volta, quando só há um amontoado de escombros e restos de peles emaranhadas e emboladas ao canto de um espaço vazio? Qual a existência quando o espaço vazio, preenchido de peles, se põe a circular pelas pequenas frestas de luzes que escapam da totalidade?

ficha técnica

Concepção e performance: Aline Salmin

Cinegrafia, captação de áudio e edição: Bruna Brunu

Concepção sonora: Bruna Brunu e Aline Salmin

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